19 maio 2012

Do nosso sistema de saúde...

...que é um autêntico caos!
Uma pessoa está doente, precisa de fazer análises e de medicação... Mas só tem consulta no Centro de Saúde para daqui a 1 mês, cuja só se poderá marcar a partir do dia 31 de Maio.
Por sorte (ou não) o gentleman tinha consulta marcada para mostrar uns exames e eu vou atrás, podia ser que a médica fizesse um jeitinho e me consultasse, mas não! Consultas à própria da hora não dão para mudar para outra pessoa, porque já está inserido no sistema... E depois de ouvir a médica a queixar-se que já estava farta daquela correria e que daqui por 6 meses, se quisesse, largava aquilo tudo da mão, lá me receitou um medicamento. Eu que me livrasse de pedir uma justificação para o trabalho, porque não tinha consulta marcada.
E, normalmente, o que é que nos dizem no Centro de Saúde quando não temos consulta e estamos mesmo aflitos?! "Vá ao hospital." Dá-me vontade de abanar a pessoa que me diz tal coisa e de lhe dar um par de estalos. Ao Hospital, eu?! Eu? Eu, que já estive no hospital a arder em febre com dores na zona lombar das costas que não me conseguia mexer e a única coisa que me fizeram foi dar soro e anti-inflamatório, sem sequer se importarem qual a causa para tanta febre? Nem um RX, podia ter algo partido... Não! Só se importavam se eu tinha comido queijo fresco ou leite estragado nos últimos dias... O que eu mais faço é andar a beber leite estragado e queijo podre, é um hobbie, sabiam?! Como fizeram análise ao sangue e constataram que não tinha bebido leite estragado nem queijo podre... Depois só sabiam dizer que a outra única hipótese era uma infecção urinária. Só queriam saber se me ardia a fazer xixi, se me doía, se sentia desconforto, etc. Não, não sentia nada disso. Após a análise à urina, constataram que não era nenhuma infecção urinária. Como, para eles, esgotaram as hipóteses, mandaram-me para casa a fazer medicação para a febre e anti-inflamatório para algo que eles não sabiam o que era, que estava inflamado.
Passados 2 dias tive que me dirigir a um médico no privado, porque continuava a arder em febre e cheia de dores. Depois de gastar dinheiro no privado para, pelo menos, saber o que tinha... Tive que parar, pois não tenho 80€ para dar em cada consulta e muito menos para ser operada no privado.
Vai-se a ver, não me podem encaminhar para o Hospital que quero, sem antes passar pelo Hospital da localidade. Bullshit! Não estou para pagar uma consulta de ortopedia no Hospital de cá e chegar lá para o médico me dizer "Ah, esta consulta foi mal marcada para mim, porque eu não sou ortopedista das costas, mas sim do dedo grande do pé."
Portanto, com muita calma, vou ligar para o Centro de Saúde no dia 31 de Maio para marcar uma consulta para o mês seguinte... E vou chatear tanto a cabeça à médica para ela me passar a credencial para o Hospital que quero, que a mulher só para não me ouvir mais vai-me fazer o favor. E depois logo se vê o rumo.
Até lá, posso ter mais dores e mais febre... Não importa. Prefiro apanhar uma overdose de comprimidos para as dores, do que ir ao Hospital pelo meu próprio pé e consciente daquilo que estou a fazer. Ir ao Hospital onde já fui maltratada? Não, obrigada... Só mesmo se estiver a morrer é que vou pagar 17,50€ logo à entrada para não me tratarem como deve ser.


Nota: Existem mais episódios onde não recebi o tratamento correcto no Hospital de cá, mas este foi o que me chateou mais, porque eu estava mesmo mal. Pode ser que conte os outros noutro post.

2 comentários:

  1. Da próxima vez que fores mal tratada num hospital ou centro de saúde diriges-te imediatamente ao balcão e deixas um bilhete no livro de reclamações. Os hospitais também o têm e estão na recepção.

    Quando não te for possível identificar onde está, perguntas.

    Também é um estabelecimento e exige-se que tratem bem os seus utentes, como noutro qualquer.

    Lembra-te bem do nome de quem te atendeu e da sua especialidade e deixa tudo bem explicado por escrito.

    Nada de pensamentos do tipo "ah, isso não vai mudar nada", porque a queixa é analisada e se mais gente reclamar, aquela pessoa terá de mudar de atitude (ou de emprego).

    As melhoras!
    Beijo

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